quarta-feira, fevereiro 13, 2013

2013 | «XL» | 349 Pontos | 3.º Lugar



Memória Descritiva

Foi em 1973 que o Grupo de Carnaval «Zuzucas» nasceu em Ovar e, como tal, não podíamos ficar indiferentes a semelhante efeméride. Afinal são 40 anos. É uma idade de ouro em que se recorda todo um longo percurso que ficou para trás mas também sabemos que há todo um leque de oportunidades pela frente.

Salvo o desgaste natural provocado pelo envelhecimento celular, ter 20, 30,40, 50, 60, 70, 80, nada mais é do que um estado de espírito e o nosso é sempre jovem.

Pela frente temos, pois, mais um carnaval e este é, para nós, especial. Vamos festejar a ternura dos 40 pela avenida. É essa a ideia.

Para esse efeito, a ideia que vamos levar em desfile concretiza-se através de um grande bolo que será transportado no carro alegórico (alegoria).

A acompanhar a obra que acabam de produzir, pasteleiros trapalhões vão vigiar todo o percurso e as curvas – poucas – que o bolo de aniversário vai fazer nos grandes corsos.

Quem sabe se não irão distribuir fatias do delicioso bolo pelo público acompanhadas por uma bela taça de champanhe?

Uma boa festa de aniversário tem que ter velas. As velas dos Zuzucas saíram do bolo e vão andar bem acesas durante todo o percurso.

A abrir o nosso desfile de 2013, representamos a festa em si, protagonizada pelo colorido, pela serpentina, os confetis, a língua da sogra (salvo seja!), as cores e as andas.

Podem dizer por aí que fazer 40 anos é uma fase difícil, mas nós não achamos nada disso. Miguel Esteves Cardoso escreve: «Não. Importa o ano em que se nasce. A idade, tal como no vinho, é relativa. Algumas pessoas ganham em consumir-se cedo. As melhores exigem que se espere. Resta vermos as nossas idades não como um percurso linear e previsível mas com a surpresa deliciosa dos anos ‘vintage’ que não se adivinhar.

No ser humano, as idades importantes talvez sejam: 0 a 1, 3, 5, 7, 10, 12, 13, 14, 15, 16, 18, 19, 20, 21, 23, 25, 28, 30, 31, 35, 39, 40, 41, 45, 49, 50, 52, 55, 59, 60, 65, 69, 70, 74, 76, 79, 80, 81, 85, 86, 90, 91, 95, 98, 100, 105, 110, 111 e 120.

Quando éramos novos éramos velhos. Quando somos velhos, ainda somos novos. Resta saber, como sempre, ao que viemos.»

Assim seja!
ZUZUCAS

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